Sobrecarga de trabalho é uma pressão sentida pelos colaboradores em função do alto volume de tarefas, horas extras e prazos curtos a serem cumpridos. Segundo estudo da FGV em parceria com Talenses e Gympass, 43% dos entrevistados afirmam vivenciar sobrecarga de trabalho. Além deles, 31% dos respondentes alegaram que sofrem pressão pelo atingimento de resultados e metas.
Os impactos desse tipo de situação podem ser inúmeros. Desde a motivação e produtividade da equipe; passando pelo desenvolvimento de doenças no trabalho, como nos casos de Burnout, ansiedade, depressão e até mesmo problemas físicos; até o aumento das taxas de rotatividade de turnover.
O conceito de “workaholic”, que é uma pessoa supostamente viciada em trabalho, passou a ser ainda mais frequente nos últimos anos. Essa figura teria dificuldade de não estar trabalhando, então levaria trabalho para casa, ou para fora do horário de expediente.
Além disso, poderia também deixar de sair nos finais de semana por sentir a necessidade de estar trabalhando, ou até de ver familiares e pessoas queridas pelo mesmo motivo. Com a pandemia, o isolamento social e a vertiginosa alta do home office, ficou ainda mais difícil estabelecer esses limites pessoais dos profissionais.
A sobrecarga de trabalho pode acontecer para todo e qualquer profissional, independente de sua área de atuação, tanto nas empresas privadas quanto em órgãos públicos. Sendo assim, o RH, que tem papel fundamental no acompanhamento dos times para evitar essas situações, também pode ser uma vítima desses excessos.
No artigo de hoje, você vai entender como a tecnologia voltada para a gestão de pessoas pode ajudar o RH na descentralização de algumas tarefas. Com isso, é possível garantir maior eficiência e ter mais tempo estratégico para olhar para cada pessoa nos times. Vamos lá?
Sobrecarga de trabalho no time
A sobrecarga de trabalho é a condição de exaustão com relação a uma função laboral por sentir que não se consegue mais dar conta. Normalmente, está associada a um alto volume de tarefas, a jornadas de trabalho mais longas do que o contratado e a prazos muito curtos.
Sabe aquela entrega que é pedida “de hoje para ontem”? Pois bem, na maior parte das vezes em que isso acontece, o profissional precisa interromper diversas outras atividades que já estava realizando para priorizar esta que chegou.
Isso faz com que as demais tarefas entrem em atraso e acúmulo, aí a pessoa precisa fazer horas extras para realizar as entregas, e assim vai. Adicione a isso uma equipe enxuta e uma gestão desorganizada, e você terá a combinação completa para a sobrecarga de trabalho.
Além disso, metas inalcançáveis e modelos de gestão focados em microgerenciamento também são fatores comuns quando se fala em trabalhadores exaustos. Afinal, quando está desmotivada, a pessoa se torna menos produtiva e, consequentemente, consegue dar conta de um volume menor de tarefas.
Sinais da sobrecarga de trabalho
Se você tem um time que entrega muito bem, bate metas e engaja nas ações da empresa, mas, de repente, começa a mudar esses padrões, preste atenção. Pode ser que um ou mais integrantes da sua equipe estejam sobrecarregados. Analise, então, as seguintes afirmativas:
- os colaboradores estão com muitas horas extras a mais do que costumavam ter;
- os prazos estão ficando para trás e não sendo cumpridos;
- a qualidade das entregas não está sendo mantida;
- as metas não estão sendo batidas;
- o número de atestados médicos e afastamentos por doença aumentaram.
Se você identifica que pelo menos uma dessas afirmativas é verdadeira para o seu time, pode estar na hora de olhar com mais cuidado para a gestão. Isso porque um volume excessivo de tarefas para poucas pessoas pode ser um sinal de necessidade de contratar mais profissionais. Isso dará vazão ao trabalho e poderá ajudar a dividir a carga.
Outra ação que pode ser realizada caso essas afirmativas estejam verdadeiras aí no seu trabalho é rever as metas que estão setadas. Elas são realistas e possíveis de serem alcançadas? Metas irreais podem gerar dois cenários opostos e prejudiciais.
No primeiro, desmotivam as pessoas, pois elas sentem que são incapazes de atingir as metas, e isso faz com que sequer tenham vontade de tentar, e se sintam fracassadas. E no segundo, o contrário: faz com que batalhem além do que devem, em termos de horários e saúde, para tentar chegar nesse objetivo tão alto.
Nos dois casos, Isso faz com que essas pessoas se sintam diante de uma sobrecarga de trabalho, e as consequências podem ser muito complicadas. Lembrando que doenças no trabalho e indenização por danos morais estão entre as principais causas de processos trabalhistas no Brasil. Ou seja, a sua empresa ainda pode correr este risco ao compactuar com uma cultura de sobrecarga de trabalho.
Em resumo, abrir espaço de diálogo com os colaboradores, conhecer seus desafios e ter disponibilidade para apoiá-los são as principais chaves para a solução.
Riscos de um time sobrecarregado
Quando se fala em sobrecarga de trabalho, é preciso entender que não é só para os colaboradores que existem riscos. A organização também fica comprometida quando as suas pessoas não estão se sentindo bem para trabalhar. Do ponto de vista da empresa, alguns dos principais problemas que isso pode gerar são:
- colaboradores insatisfeitos, desmotivados e doentes;
- baixa produtividade, devido à situação da equipe;
- redução da lucratividade por conta dos resultados menores;
- aumento de custos com passivos trabalhistas.
Por isso a importância de dedicar tanta atenção aos sinais de que falamos anteriormente, e de tomar decisões baseadas em dados comportamentais o mais rápido possível.
Sobrecarga de trabalho no RH
E a área de RH, como fica nessa história toda? Cuidar dos demais colaboradores também faz parte de suas tarefas, porém é preciso encontrar um equilíbrio para cuidarem de si mesmos.
Além das funções que citamos anteriormente, olhando de forma mais próxima para uma gestão eficiente de pessoas, são inúmeras as demais atividades do RH no dia a dia. Como, por exemplo, pensar na saúde mental e física dos colaboradores, para recuperar aqueles que já desenvolveram algum problema e prevenir que os demais vão para o mesmo caminho.
A área é responsável também por administrar os treinamentos para capacitação e desenvolvimento dos colaboradores. Assim, consegue prepará-los para se sentirem mais seguros e realizarem entregas cada vez mais qualificadas. Para isso é preciso monitorar as principais necessidades das equipes e realizar planos de ação completos e personalizados.
Indo para o lado mais burocrático da gestão de RH, chegamos às conhecidas funções do departamento pessoal. Uma gestão manual de todas as tarefas geram pilhas de papel como essas da foto aqui do artigo, e deixam qualquer profissional de RH com dor de cabeça.
Tratativa de ponto, aprovação de justificativas de batidas esquecidas ou incorretas, fechamento de folha de pagamento, organização das férias etc. Quanto mais colaboradores, mais trabalho e mais tempo consumido do RH, certo?
Agora imagine se você, RH, pudesse contar com a colaboração dos trabalhadores e gestores para automatizar toda essa demanda? E, melhor ainda, se pudesse acompanhar todas as informações de cada colaborador em um só lugar?
Você pode! Veja, a seguir, como a tecnologia pode lhe ajudar nesse processo.
Seja um RH estratégico com tecnologia
Tanto para apoiar o RH na gestão dos colaboradores pensando no bem-estar deles, quanto para descentralização do próprio RH, a tecnologia é uma grande aliada. Contar com uma ferramenta para acompanhamento do humor dos colaboradores no dia a dia, por exemplo, ou com uma cultura de feedbacks constantes.
Isso pode ajudar o RH a monitorar como o time está se sentindo e atuar de forma estratégica conforme cada necessidade. Além disso, ajuda na aproximação do triângulo entre colaborador, gestor e RH, que deve ser uma relação harmônica e complementar.
Um sistema de ponto eletrônico moderno e atualizado conforme as leis vigentes também pode ser um excelente aliado da sua gestão. Com ele, é possível acompanhar as horas realizadas pelos profissionais, e perceber se eles estão cumprindo corretamente a jornada de trabalho definida ou não.
Assim, o RH consegue antecipar e provisionar os custos da operação, e o gestor direto da pessoa que está com horas extras, por exemplo, pode se aproximar para reverter o quadro. Pode conversar para entender os motivos de tantas horas a mais, endereçar os desafios em questão e também propor a compensação dessas horas existentes no banco.
Já o uso de uma plataforma HCM, focada na gestão de pessoas de ponta a ponta, pode ajudar o RH a compartilhar atividades com a empresa. O gestor, por exemplo, pode realizar a aprovação de uma justificativa de inclusão de ponto do seu liderado, sem que o RH precise destinar tempo para essa tarefa.
O próprio colaborador torna-se mais responsável pela gestão das suas horas, acompanhando seus registros de ponto, horas extras e banco de horas em um aplicativo na palma da mão. Se percebe a necessidade de ajustes, pode solicitar por ali mesmo de forma proativa, e o seu gestor já recebe uma notificação na sua versão do aplicativo para verificar.
O RH pode, ainda, realizar a gestão de férias de toda a empresa de forma ágil e prática. Através do sistema, o próprio colaborador realiza a solicitação do período de férias que deseja, com todas as regras e prazos da CLT previamente configurados. O gestor é notificado para validar a data e, estando aprovado, o RH é sinalizado para dar o “ok” final.
Assim, tudo fica registrado na plataforma e não perde-se prazos, evitando assim o pagamento de férias em dobro e tantas outras penalidades possíveis. Essas são algumas das funcionalidades possíveis, mas existem muito mais que você pode conhecer.
E aí, quer saber mais sobre como essas tecnologias podem ajudar a evitar a sobrecarga de trabalho do seu time, do seu RH e ajudar na descentralização das atividades? Nossos consultores estão prontos para lhe ajudar, clique no botão abaixo e fale conosco!