O RH passa por um momento de transformação em que novas técnicas e tecnologias revolucionam a forma de gerir e criar valor no setor. Em tempos de big data, uma das ferramentas com capacidade de levar o RH a outro patamar é a gestão data-driven. Em tradução livre, significa um sistema de administração movido a dados.
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Ou seja: constitui um formato em que a base de dados é um suporte constante para a tomada de decisões. Mas mais do que isso, é um modelo que tem na objetividade das evidências o norte gerencial.
Você lerá sobre:
- Gestão data-driven e suas vantagens para o RH;
- A implementação do RH movido a dados;
- O RH do futuro.
Gestão data-driven e seus benefícios para o RH
Essa forma de gestão guiada por dados pode ser aplicada em qualquer área na empresa e também no negócio como um todo. Com o RH não é diferente – e os benefícios de implementar métricas de gestão de pessoas são inúmeros. Confira os principais:
Aumenta as chances de acerto
Dados consolidados podem ser o melhor ponto de partida para entender situações das mais diversas naturezas. Fica muito mais fácil determinar objetivos e resultados-chave para o setor quando se tem a clareza oferecida pela análise de indicativos.
Um modo para “prever” o futuro
As informações oferecidas por situações passadas podem ser a melhor fonte para determinar quais fatos têm mais probabilidade de acontecer a seguir.
Isso faz com que o RH consiga se preparar e antecipar possíveis problemas e desafios relacionados ao comportamento dos colabores, além de se preparar para as novas exigências do mercado. Assim, a área ganha corpo e a capacidade de contribuir mais ativamente para o alcance de cada objetivo traçado pela companhia.
Diminui a subjetividade do setor
O RH é historicamente gerido de forma subjetiva, o que é natural devido a todos os aspectos humanos envolvidos. A evolução das técnicas de gestão, porém, oferecem a oportunidade de diminuir o grau de subjetividade – amparando-o com dados e métricas e, logo, tornando as decisões mais eficientes e assertivas.
Gestão data-driven no RH: como implementar?
Já vimos como a gestão data-driven pode potencializar os resultados do RH. O próximo passo é aprender alguns termos importantes:
- Objectives and Key Results: o RH pode estabelecer a metodologia OKR. O termo denomina uma metodologia de gestão popularizada por Andy Grove em 1983.
- Métricas: é um conjunto de informações mensuráveis pré-estabelecidas para medição de desempenho.
- Key Performance Indicators (KPIs): os principais indicadores do RH são: Índice de Rotatividade, Índice de Retenção de Talentos, Tempo médio na Empresa, Índice de Faltas, Produtividade e Retorno Sobre Investimento (ROI).
- Return Over Investment: o ROI do RH é calculado de forma simples. Basta subtrair o investimento feito pelo lucro obtido. Depois, divida o resultado da operação pelo valor investido. O passo seguinte é multiplicar x100 para saber o percentual do ROI.
Mas como colocar em prática os conceitos? Veremos abaixo algumas dicas e passos importantes para implementar na sua gestão de pessoas.
Prepare-se para resistência
Antes de entrarmos nas especificidades da implantação da gestão data-driven, é importante refletir sobre a tendência natural enfrentada quando passamos por uma mudança de paradigmas.
Certamente, no local de trabalho haverá algum nível de resistência interna na equipe e é bom estar preparado para ultrapassá-la com tranquilidade e firmeza – mantendo o clima organizacional equilibrado e positivo!
Conheça os objetivos do setor
É primordial que os gestores do RH tenham plena consciência dos objetivos do setor e os globais – a curto, médio e longo prazo. Somente assim a gestão data-driven poderá ser utilizada para beneficiar a forma como a área é administrada.
Para isso, faça um diagnóstico interno, analisando cada função do RH para determinado período, quais as principais forças e fraquezas, e estabeleça quais as prioridades a serem resolvidas.
Construa seu banco de dados
Com certeza sua empresa produz uma quantidade enorme de dados, muitos em tempo real. O problema, na maioria dos casos, é que essas informações são subaproveitadas ou nem mesmo compiladas.
É muito comum setores ou funcionários abastecerem planilhas que acabam sendo de uso e conhecimento exclusivo. Então, buscar uma forma de coletar, unificar e estruturar as informações para a construção de um banco de dados que alimente diferentes áreas é algo certeiro.
Embora esse seja um projeto que transcende o RH, seu papel pode ser fundamental!
Cuidado com o excesso de informações
Agora que você já tem seu banco de dados consolidado, é preciso cuidado. Será surpreendente a quantidade de informações que seu negócio pode gerar, além de todos os dados relevantes coletados externamente.
Você irá se deparar com o termo big data, que denomina como a quantidade de dados gerados tem crescido de forma exponencial e crescente. É preciso escolher corretamente quais dados servirão de base para sua tomada de decisão. O primeiro passo é ser seletivo, levando em consideração quais são as informações mais relevantes e ricas para seus objetivos específicos.
Não esqueça que setores diferentes talvez necessitem de recortes diversos do mesmo banco de dados. O RH certamente precisa utilizar indicadores de recrutamento e seleção, marketing e vendas talvez se interessem mais pelo faturamento.
Com os dados de maior relevância devidamente escolhidos, é hora de estabelecer parâmetros e indicativos. São eles quem vão medir os níveis de desempenho de seus processos produtivos e as curvas de tendências para auxiliá-lo a tomar as decisões mais assertivas.
Tenha capital humano preparado para trabalhar com dados
De nada adianta ver claramente os objetivos e ter grande quantidade de dados à disposição se sua equipe não está pronta para analisá-los.
Em setores com gestão data-driven, é necessário ter um time preparado – com habilidades complementares e capacidade de estabelecer as devidas conexões dos números com os aspectos humanos. Dessa forma, é imprescindível montar a equipe com os talentos necessários ou buscar qualificação para o capital humano, de forma que possam realizar suas demandas sob um novo paradigma.
Com indicadores bem definidos, é o momento de levantar os dados para poder analisá-los. Uma dica aqui é criar um sistema de periodicidade e separar o tempo em sua agenda para consolidar as informações e aplicar a análise crítica necessária.
Faça dos dados o seu mais importante conselheiro
Por fim – com os dados estruturados, os parâmetros e indicadores estabelecidos e a equipe preparada – é o momento da análise.
O mais importante é identificar problemas, pontos fortes e oportunidades e utilizar a gestão data-driven para determinar quais os fatores de causa e efeito relacionados a eles. Com essas conclusões, torna-se possível visualizar quais caminhos merecem mais investimento para a realização das metas.
Leia também: Planejamento estratégico de RH: etapas e dicas
O RH do futuro é data-driven!
Como observamos, a gestão data-driven aplicada ao RH traz uma série de benefícios e torna possível identificar aspectos a serem atualizados – estando sempre um passo à frente e garantindo maior eficiência ao setor. Outras soluções inovadoras podem complementar essa capacidade. É o caso do sistema de ponto eletrônico em tempo real. Ele pode ser a ferramenta que falta para o seu RH estimular atitudes inovadoras e impressionar o C-level. Clique e saiba mais!